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Digno de Nota

quarta-feira, 17 de julho de 2013

“NO ESCURO” (Elizabeth Haynes)

Sempre achei que mulheres que continuavam levando adiante um relacionamento violento e abusivo só podiam ser umas idiotas. Afinal, em algum momento elas deveriam ter percebido que as coisas tinham saído errado e que, de repente, haviam passado a sentir medo do parceiro – e, sem dúvida, era este o momento de terminar a relação. Deixá-lo sem pensar duas vezes, foi o que sempre pensei. Que motivo elas teriam para continuar? E eu já vira mulheres na televisão ou em revistas dizendo coisas como “Não é tão simples assim”, e eu sempre pensava, claro que é, é simples, sim – apenas vá embora, afaste-se dele.
Somando-se a esse momento de percepção, um momento pelo qual eu já passara, notei que se afastar não era uma alternativa simples, afinal de contas.
p. 191

~~~*~~~
Catherine Bailey é uma jovem bem-sucedida e que está no controle de sua vida. Aproveita sua liberdade de solteira com entusiasmo, sai todas as noites para beber e dançar coma as amigas, frequenta festas badaladíssimas e tem uma vida sexual ativa. Até que, na entrada de um pub, ela conhece o sedutor e misterioso Lee Brightman. Ele é o sonho de qualquer mulher: atencioso, carismático e lindo. Todas as suas amigas o acham perfeito e gostariam de estar em seu lugar. Parecia bom demais para ser verdade.

Com o tempo, porém, o homem gentil se transformou numa pessoa controladora e opressiva. Cada vez mais amedrontada pelo jeito intimidador de Lee, Catherine decide que é hora de romper o relacionamento. Mas ela não encontra apoio em suas amigas, pois ninguém acredita que Lee seja um cretino.
Sentindo-se isolada e absolutamente só, Cathy decide que é hora de fugir. Mas é nesse momento que o terror tem inicio…

Quatro anos mais tarde, Lee está na prisão e Cathy leva uma vida solitária e assustadoramente traumatizada. Obsessivo-compulsiva, está sempre se sentido insegura e amedrontada. O TOC transformou as tarefas mais simples do cotidiano em um martírio, como passar horas confirmando se as portas e janelas estão trancadas e sofrendo ataques de pânico quando não consegue cumprir de forma meticulosa sua rotina de verificações.
Mas as coisa começam a mudar quando seu novo vizinho, Stuart, a incentiva a procurar ajuda e a enfrentar seus temores. Ao lado de Stuart, Cathy começa a acreditar que existe uma chance de voltar a ter uma vida normal. Até que um telefonema muda tudo…
~~~*~~~

No Escuro – romance de estreia da britânica Elizabeth Haynes – foi uma leitura angustiante. Cathy sofre de TEPT – transtorno de estresse pós-traumático – o que a levou a desenvolver também o TOC, cuja principal característica é a presença de obsessões e compulsões.
Geralmente, histórias que descrevem personagens com paranoias, manias e rituais que se repetem exaustivamente no transcorres do livro, me enervam. Porém, o foco de No Escuro não é o distúrbio psiquiátrico de Cathy, e sim, o que desencadeou tal problema e sua luta em vencer a doença. Aos poucos vamos conhecendo os porquês, e percebemos que os medos de Cathy são justificáveis. Eu também me tornaria paranoica se tivesse passado pelo trauma físico e psicológico descrito no livro.

O texto é escrito de forma contínua - sem divisões por capítulos –, sendo que a história se intercalada entre o passado e o presente da protagonista. A narrativa de Haynes é intensa e muito envolvente, com uma carga psicológica que mantém as emoções do leitor à flor da pele do início ao fim. Não só pelas descrições do TOC, mas pela tensão gerada pelos relatos do passado de Cathy – quando ela se vê envolvida em um relacionamento abusivo.
Assim, o leitor tem a oportunidade de conhecer a protagonista em dois momentos de sua vida… o antes e o depois de Lee Brightman. Sob o olhar de Cathy, vemos como uma mulher espontânea e radiante se transformou numa pessoa cheia de fobias.

Lee é aquele tipo de homem que sabe conquistar uma mulher, mostrando-se gentil, interessado e com uma lábia doce feito mel. Mas que aos poucos invade sua vida, se torna possessivo e controlador. Num primeiro momento, Cathy sentiu-se dependente de sua presença, mas quando decidiu que era hora de dar um basta, ela não conseguiu livrar-se de Lee. A história é repleta de detalhes que impossibilitam uma ação efetiva por parte de Cathy – falta de apoio das amigas, sua instabilidade emocional, e o fato de ninguém acreditar em sua história. Lee inspira confiança – tanto por causa de sua profissão, como pelo seu jeito amável em frente a outras pessoas. Até que a situações foge do controle e o inevitável acontece…

Então, Cathy se torna uma pessoa temorosa, com a compulsão de checar incessantemente as trancas das portas e janelas. Ela não se alimenta direito, dorme mal e não consegue se livrar da constante presença de Lee em sua mente. É terrível, desesperador.
A trajetória da protagonista em busca de uma qualidade de vida melhor é muito inspiradora. O livro não é somente sobre amor doentio, relacionamentos abusivos e problemas psiquiátricos. No Escuro é também um relato de luta para vencer obstáculos, recomeço e conquista.

Um thriller psicológico que me absorveu completamente, ao ponto de sentir toda tensão transmitida por Cathy. No Escuro é daqueles livros que nos prende por horas a fio. Leia, porque vale muito a pena.

Haynes, Elizabeth. No Escuro. Intrínseca, 2013. 336 p.

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