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Digno de Nota

quarta-feira, 25 de julho de 2012

“JERUSALÉM” (Andrea Frediani)

(…) Para os romanos e para os gregos, era muito mais aceitável uma religião cujo fundador fosse um semideus cuja mãe, por sua vez, tinha sido fecundada por uma entidade divina: experimente imaginar quantos existem, na mitologia grega e na romana.
Pág. 250
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70 d. C
Após o assédio de Tito sobre Jerusalém, um jovem solitário planeja transpor as barreiras impostas pelos romanos e entrar na Cidade Santa. Zoker só vê devastação, horror… sacrilégio. Mas ele não podia recuar, estava ali para salvar Simeão e para recuperar o memorial de Tiago, o Justo. Ele precisava evitar que os ensinamentos de Joshua caíssem no esquecimento, pois as mentiras já estavam sendo difundidas entre os gentios. 

Mais de Mil anos depois
Em Mogúncia, numa comunidade judaica, um viajante do oriente bate à porta do rabino Isaac bar-Mosche e sua filhas – Rebeca e Sara. Aquele homem confiou ao rabino uma missão de extrema importância… Ele deveria guardar o Memorial de Tiago e usá-lo, no tempo oportuno, para provar a inocência dos judeus na morte de Jesus.

Mas Isaac não acreditava que os judeus estivessem em iminente perigo, e seu excesso de confiança acabou custando-lhe a vida. Após a morte do pai, Rebeca toma para si a incumbência de estudar o manuscrito e protegê-lo. Ela decidiu levar o memorial de Tiago para Jerusalém, pois junto de seu povo ele estaria seguro.
Mas a essa altura, a existência desse documento já era do conhecimento da Igreja. O papa não medirá esforços para possuir o manuscrito herege e evitar que a cristandade corra o risco de uma cisão entre os fiéis.

Três anos depois, em 1099, os cruzados cercam Jerusalém com o objetivo de libertá-la do jugo muçulmano.
À frente das muralhas da Cidade Santa, caminhos se cruzam à sombra da existência do memorial de Tiago: Ricardo – um normando que integra o exército romano – não está nas cruzadas em nome da fé, mas para tornar-se um guerreiro como seu pai e recuperar seu orgulho; Emanuel – um soldado bizantino que é alvo de intolerância – luta na Terra Santa para expiar erros do passado e conseguir o perdão que tanto almeja; Inês – uma prostituta que “alivia” as aflições dos soldados no acampamento de batalha – anseia combater os infiéis para se redimir de seus pecados; Anselmo, um monge fervoroso, terá sua fé testada em Jerusalém; Firuz – um muçulmano turco que luta ao lado dos árabes – conhecerá a amizade no campo de batalha e, finalmente, Rebeca – a judia que estudou o manuscrito de Tiago e tornou-se sua guardiã – descobrirá no inimigo um aliado.

Apesar de possuírem crenças e desejos diferentes, eles lutam na Terra Santa superarando seus próprios limites. Entre dores, privações e intrigas,  unem-se em nome de um objetivo comum...
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Eis que me aventuro em mais um livro de ficção histórica sobre as cruzadas. Não é incomum encontrarmos romances que colocam em xeque os dogmas cristãos e, Jerusalém – do italiano Andrea Frediani – aborda o tema de forma complexa. Um livro fascinante, tanto pela caracterização histórica quanto pelo embate apresentado entre as três religiões monoteístas – cristã, judaica e muçulmana.

Frediani assenta sua história no período da Primeira Cruzada, mais especificamente em 1099, ano da tomada de Jerusalém. Como pano de fundo, anuncia a existência de um manuscrito escrito por Tiago, irmão de Jesus, e explora seu valor para cristãos e judeus. O texto é fictício, mas é através dele que o autor questiona os preceitos da Igreja Católica. Para os fiéis mais fervorosos, Jerusalém pode apresentar ideias um tanto blasfemas.

O mais interessante são os debates entre os personagens de crenças diferentes, onde o autor confronta os ensinamentos bíblicos com os da Torá e Alcorão. Essas cenas são interessantíssimas, pois o leitor consegue vislumbrar tanto as divergências quanto as semelhanças existentes nas doutrinas cristã, judaica e muçulmana. São discussões longas e acaloradas, porém sensacionais.

Entre os esforços para conseguir o manuscrito, temos o cerco à cidade santa de Jerusalém. Nesse cenário de batalha, Frediani descreve cenas impactantes e de extrema crueldade. Em contrapartida, tece sua trama ao redor de personagens muito humanos.
Oito figuras centrais atuam no enredo de Jerusalém. No início senti certa dificuldade em estabelecer uma conexão entre eles, mas com o desenrolar da trama as histórias se entrelaçam, convergindo num mesmo fim. 

Um livro rico em detalhes e com um enredo que aborda assuntos indigestos, como: preconceito, antissemitismo, fanatismo religioso, corrupção e muita carnificina. Brutal e instigante. Jerusalém – As páginas mais sanguinárias da História da Cristandade – valeu cada página lida.

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