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Digno de Nota

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

“CORRER OU MORRER” (James Dashner)

A boca de Thomas secou – vira-os face a face, recordava-se muito bem de tudo; precisou lembrar-se de respirar. Os outros no quarto estavam quietos; ninguém produziu um único som. o medo parecia pairar no ar como uma tempestade de neve negra.
p. 285
~~~*~~~
Sua nova vida começou com escuridão, frio e um ar rançoso. O tremor súbito sob seus pés, o movimento inesperado e a sensação nauseante de estar subindo lhe indicara que estava em um elevador. O medo tomou conta de seu corpo, teve vontade de chorar, mas as lágrimas não vinham.
“O meu nome é Thomas”, pensou. Essa é a única coisa que conseguia se lembrar sobre a própria vida. Todo o resto havia sido apagado. Não sabia de onde vinha, como fora parar naquele elevador escuro ou quem eram seus pais.

Um longo tempo se passou, até que Thomas chegou a seu destino. Quando a caixa metálica foi aberta, Thomas foi recebido por um bando de garotos. Aquilo o confundiu… eram apenas adolescentes. Quando o puxaram pela borda da caixa o coro de vozes se calou, mas alguém falou… — Legal conhecer você, trolho – disse o garoto – Bem-vindo à Clareira, Fedelho. 
A Clareira – um vasto pátio cercado por muros gigantescos de pedra cinzenta – era o local onde aqueles garotos moravam, onde comiam, onde dormiam… Cada lado dos quatro muros que cercavam o lugar era dividido exatamente ao meio por uma abertura tão alta quanto os próprios muros, que levavam a passagens e corredores compridos que se estendiam a perder de vista. Mais tarde, Thomas soube que aqueles corredores formavam um Labirinto.
Como se não bastasse toda estranheza daquela situação, algo fora do comum abalaria os ânimos dos Clareanos. A rotina era que os Criadores enviavam um novo garoto a cada 30 dias, mas no dia seguinte a chegada de Thomas mais alguém foi entregue pelo elevador.

Dessa vez, uma garota, a primeira enviada à Clareira. Mais perturbador ainda é a mensagem que ela traz consigo. O que estaria acontecendo? Uma nova fase é iniciada na vida dos Clareanos, e eles sabem que nada de bom pode acontecer dali pra frente. Thomas terá que desvendar os terríveis segredos que rondam sua mente e decifrar o enigma do Labirinto. Mas para isso ele terá que correr… correr ou morrer.
~~~*~~~
Correr ou Morrer – primeiro volume da série Maze Runner de James Dashner – foi uma leitura de tirar o fôlego. Com elementos extremamente atrativos: ação, apreensão, tensão psicológica e muito mistério – o livro faz jus ao sucesso alcançado. Sinceramente, não sei como defini-lo em apenas um gênero, pois o livro apresenta uma mescla de distopia e ficção científica. É muito diferente das distopias que estou acostumadas a ler e, talvez, esse seja o principal motivo de ter gostado tanto.

Grande parte do mistério reside no fato dos personagens não se lembrarem de suas vidas passadas, em que mundo viviam ou porque foram levados para o lugar onde estão confinados. Aliás, o cenário criado pelo autor é sensacional, pois conseguimos imaginar toda angústia e apreensão que os garotos são obrigados a enfrentar dia após dia.

Esse ambiente é hostil, mas os “Clareanos” conseguem criar uma espécie de comunidade, onde existem regras a serem seguidas, tarefas a serem cumpridas e hierarquia a ser respeitada, tudo em função de uma boa convivência e, principalmente, sobrevivência. A ordem é absoluta e, quando esta é rompida, a punição pode ser fatal. É um sistema social próprio, muito organizado e as funções são traçadas de forma estratégica.
Quando Thomas chega à clareira, as coisas começam a mudar. É sob o olhar de Thomas que acompanhamos o desenrolar da história.

A narrativa de Dashner me pegou de jeito. Ágil, dosando com perfeição os momentos de ação, temor e tensão num ritmo frenético. 
Uma particularidade muito interessante da trama, é que Dashner criou um vocabulário próprio para os Clareanos. É estranho no início ler as expressões bizarras dos garotos, mas depois de um tempo a coisa toda se torna muito natural. Sem querer, me vi praguejando como os garotos… um tal de “mértila” pra cá, “trolho” pra lá e por aí afora. rsrs

O início é frustrante, pois a memória de Thomas é falha. Ele se lembra de seu nome e de detalhes insignificantes do mundo em que viveu, porém seu passado está em branco e ele não faz a mínima ideia do porquê ter sido levado para aquele lugar estranho. É ao lado de Thomas que vamos descobrindo, pouco a pouco, como as coisas funcionam na clareira e no labirinto. O autor, propositalmente, deixa tanto Thomas quanto nós, leitores, no escuro, pois os moradores da clareira se recusam a sanar as dúvidas do recém-chegado.
Confesso que a curiosidade e a falta de informações no início do livro chegam a ser enervantes. Mas é justamente isso, o desejo de saber mais, que me manteve colada às páginas do início ao fim. 
Thomas é um mistério a parte, pois além de seu passado ser uma incógnita, somos levados a questionar o objetivo de sua presença na Clareira. Quem realmente é Thomas?

São tantos os mistérios que rodeiam o enredo que pela primeira vez não me senti incomodada por não ter todas as respostas nesse livro. Fica claro que não seria possível revelar todos os meandros desse mundo no primeiro volume. Correr ou Morrer é daqueles livros em que terminamos a história com mais perguntas do que quando iniciamos a leitura. Então… eis a pergunta que não quer calar: CRUEL é bom? Só quem leu vai entender a questão.
Porém, as dúvidas só me instigaram a correr atrás da continuação. Confesso que tive que fazer um esforço hercúleo para não iniciar o segundo volume imediatamente após Correr ou Morrer. Com minha lista imensa de leituras pendentes, não posso me dar a esse luxo.

Mas uma coisa é garantida… não vou demorar tanto tempo para ler Prova de Fogo, a curiosidade não vai deixar.

*Correr ou Morrer foi o livro escolhido na última enquete Escolha do Leitor.

Dashner, James. Correr ou Morrer. V&R editoras, 2010. 427 p. (Maze Runner, Vol. 1)



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