target="_blank">Some alt text
Promoções
target="_blank">Some alt text
Leitura Recomendada
target="_blank">Some alt text
Lançamentos e Eventos
target="_blank">some alt text
Escolha do Leitor
target="_blank">some alt text
Conheça o Autor
target="_blank">Some alt text
Livros Importados
target="_blank">Some alt text
Digno de Nota

terça-feira, 18 de maio de 2010

"EU MATO" (Giorgio Faletti)

- Até nisso nós somos iguais. A única coisa que nos diferencia é que, você tem a possibilidade de ir para casa e desligar a mente e todas as suas doenças. Eu não. Eu não consigo dormir de noite, porque meu sofrimento nunca acaba.

- E nessas noites, o que faz para se livrar do seu sofrimento?

- Eu mato...

Estou passando por uma fase de Romances Policiais, e eu não resisti ao Thriller "Eu Mato"de Giogio Faletti. São 534 páginas difíceis de largar. A cada página virada somos surpreendidos por uma trama elaborada e cheia de surpresas.
A narrativa de Faletti está longe de ser simplista, ela é quase poética...uma poesia de morte. Ele descreve todos os elementos minuciosamente, desde o odor da cena do crime até os pensamentos mais secretos e hediondos do assassino.
Monte Carlo, no Principado de Mônaco, é descrito de forma primorosa. A ambientação é tão detalhada que eu consegui imaginar todo o trajeto percorrido pelos personagens.

****

O homem é um e nenhum. É Ninguém.
Há anos ele experimenta o gosto amargo de sua prisão. Ele a construiu sozinho, e seu sofrimento nunca acaba. Agora chegou o momento de ser ouvido, uma voz sem rosto, a ser ouvida com a imaginação.
Jean-Loup Verdier estava apresentando seu programa na Rádio Monte Carlo quando o sinal que indicava que um ouvinte estava na linha acendeu. Dirigiu-se ao microfone à sua frente e atendeu.
Uma voz fria e artificial se propagou, e o homem que não quis se identificar deixou uma mensagem sombria.
Anunciava que aplacaria sua dor com sangue. Lançadas como ameaça no fim da ligação, uma voz que murmurava duas simples palavras. Eu mato...
Finalmente, uma música saiu das caixas, um trecho melancólico e delicado. Mas que depois daquelas palavras, parecia se espalhar no ar como uma maldição.

Na mesma noite ele cumpriu sua palavra. Ele não só matava com fúria, ele também esfolava suas vítimas. Rostos despojados de sua pele, bocas sem lábios em um sorriso macabro.
Mas o terror estava apenas começando, outras noites viriam.
O homem não se importava em ser caçado como um cão. A cada morte deixava sua mensagem escrita com sangue.

Para o agente do FBI Frank Ottobre, aquele era uma caso que não lhe dizia respeito, estava em Monte Carlo fugindo de seus próprios fantasmas. Mas não pode negar o pedido de seu melhor amigo, o delegado de polícia Nicolas Hulot. Ajudaria a colocar "Ninguém" atrás das grades.
Deixando seus problemas de lado, Frank decidiu que daria um fim à matança. Mas aquele assassino era imprevisível. "Ninguém" não é um assassino comum, ele é dono de uma inteligência ímpar, não comete erros, e realiza seu ritual com crueldade e sangue frio. Ele não deixa vestígios, a única pista que a polícia tem é a que o próprio assassino deixa antes de cada homicídio... música.

Frente a pressão das autoridades e o número de mortes que só aumenta, cada detalhe se torna imprescindível. Além de enfrentar uma investigação sem precedentes, Frank terá que lidar com um pai, um poderoso e instável general do exército americano, que está rondando o Principado de Mônaco sedento por vingança.

Quem será o próximo a morrer?

Frank precisa decifrar os segredos que se escondem por trás das músicas que o assassino escolhe para cada vítima. Tateando no escuro, ele tentará descobrir os próximos alvos daquele maníaco.
Toda a cidade ouve as promessas de morte através da Rádio Monte Carlo. Um recado mordaz, o eco de uma mente doentia que insiste em repetir.

Eu Mato...
****
Um detalhe que me chamou a atenção é a preocupação do autor em dar um "rosto" para as vitimas. Aqui, elas não são simplesmente sombras, que são citadas apenas para compor o crime, elas se tornam personagens. O cotidiano, a personalidade, e o caráter de cada um são descritos de forma detalhada. Antes de se tornarem vitimas, aos olhos do leitor, elas são parte viva da trama.
Essa característica do autor faz com que o leitor tenha uma visão muito clara dos acontecimentos do livro, e conseguimos visualizar a trama por todos os ângulos, tanto do ponto de vista dos policiais como do assassino. Os supostos motivos de "Ninguém" são esclarecidos ao longo do livro, e seu sofrimento e loucura são palpáveis.

Da mesma forma, os protagonistas da trama são totalmente explorados. No inicio do livro, Frank Ottobre, é um homem atormentado e que carrega sentimentos de culpa, transmitindo ao leitor uma certa fragilidade. Mas quando o Serial killer começa atacar, ele percebe que precisa deixar sua apatia de lodo e usar todo o seu conhecimento para ajudar a polícia do principado de Mônaco a capturar esse maníaco.
A partir desse ponto ele se mostra um homem muito inteligente, e com uma capacidade de perceber detalhes que mais ninguém foi capaz. Além de ter uma intuição infalível, parece que tem um terceiro olho.

O livro não se resume a homicídios e investigações, ele apresenta também personagens movidos pelo desejo de vingança, e abuso de poder. Acompanhamos Frank sair de sua concha de ressentimentos quando encontra Helena.
Helena é uma mulher que também tem uma história triste, e o romance dos dois é singelo, que por alguns momentos deixa a leitura mais leve. Porém a trama nunca se afasta do foco, Frank jamais esquece seus objetivos.

Em "Eu Mato" a identidade do assassino nos é revelada antes do final, mas mesmo sabendo quem é "Ninguém" as mortes continuam, e a caçada se torna mais frenética.
Confesso que não desconfiei do verdadeiro Serial Killer. Passei longe. Mas quando ele nos é revelado muitas lacunas são preenchidas, e as coisas começam a fazer sentido. Eu não consegui odiar o assassino, em sua loucura ele age por amor. Um amor doentio e incondicional, mas que me deu pena. Ele é cruel, mas no final desperta simpatia.

O livro é cheio de mistérios que parecem insolúveis, e consegue manter o interesse do leitor até o final. "Eu Mato" foi um thriller policial que valeu cada página lida.

17 comentários:

  1. Eu estou lendo esse livro, e não consigo largar. Não vejo a hora de terminar. Confesso que também nunca pensaria nesse personagem como o serial killer, mas muita coisa se "ajustou" após essa revelação. Quero terminar o quanto antes, estou curiosíssima pra saber o final.

    Abraço

    ResponderExcluir
  2. Ualll.
    Sabe que você e Ale são influências presentes na minha vida, hauahuahau.
    Estou cada vez mais apaixonada por romance policial e esse já tinha chamado a minha atenção, mas sua resenha me deixou no ponto de querer sair daqui da minha caminha e ir comprar esse livro.
    ^^

    ResponderExcluir
  3. Nossa que resenha empolgante voce escreveu. Me deixou até sem folêgo com aquela vontade de correr até a livraria mais próxima e comprar pra começar a ler logo.

    Tô afim de ler um bom thriller e essa é uma ótima dica. Vai para minha lista e eu vou escolher qual vai ser o primeiro e sempre bom ter várias opções.

    ResponderExcluir
  4. Não falei que era bom???? Eu disse...
    Que bom que gostou, querida :)
    Bjks
    Alê

    PS: literatura policial vicia, né?

    ResponderExcluir
  5. Olá!!!
    To chegando para informar que o Mix agora é .com!!!
    Todo o conteúdo do Mix para você, com mais comodidade e profissionalismo!!!

    Mude seu link ok?
    www.mixculturainformacaoearte.com

    ResponderExcluir
  6. Olá!
    Nossa meninaaa. Quero tanto esse livro. Sua resenha me deixou com água na boca. Amei.
    Parabéns pelo blog.
    Bjs

    ResponderExcluir
  7. Oi Hérida.
    Eu sempre gostei de thriller policial, e últimamente estão lançando livros ótimos. Sua opinião me ajudou a escolher o próximo livro que vou comprar.
    Abraço

    ResponderExcluir
  8. Nunca gostei muito de Romances Policiais... mas vc esta realmente me inspirando a lê-los sahuhsua Parabens pela resenha..
    e tem selinho pra ti no meu blog!! ^^
    Passe la depois!! beijos

    ResponderExcluir
  9. Olá, Hérida
    Tenho visto esse livro por todo lugar mas ainda não sabia sobre o que era a história...muito boa a resenha, agora já estou mais informada...bjs

    ResponderExcluir
  10. Hérida, tem dois selinhos pra vc lá no blog.
    Beijos

    ResponderExcluir
  11. Oi Herida!
    Tem um selinho p/ vc no meu blog!!! =)
    Aqui: http://wishingabook.blogspot.com/2010/05/selinho.html

    ResponderExcluir
  12. Já tinha visto esse livro e me pareceu interessante. Com sua resenha empolgada me deu ainda mais vontade. Mas... Não tenho estômago pra cenas detalhadas de crime, sou meio fresca pra essas coisas. Só a descrição dos rostos esfolados já me deixou enjoada, rsrs.

    Beijos

    ResponderExcluir
  13. Ai eu quero tantoooo este livro! Adorei a resenha, perfeita.

    bjooo

    ResponderExcluir
  14. Ual! Nem me fale. Estou doida para ler e cada resenha favorável fico mais ansiosa. rsrsrs!!! Todo assassino tem um motivo né? O interessante é descobrir quais são suas motivações, o resto somente faz parte da trama.

    Bjjjs.

    ResponderExcluir
  15. Oi Hérida, adorei sua resenha. To morrendo de vontade de ler este livro!
    Beijos

    ResponderExcluir
  16. Começei ler o livro em pleno fim de semestre, um monte de texto do Freud p estudar, mas eu tirava 40 min do meu sono p ler o livro, enfim férias e vou saborear agora cada página que vai ser lida co muita calma e prazer

    ResponderExcluir

Seu comentário é muito importante para mim. Obrigada pela visita e volte sempre.

- Comentários que não tenham relação com a postagem serão removidos.
- Caso queira se comunicar comigo, envie sua mensagem pela opção contatos no menu do blog ou pelo email localizado na sidebar.

Nos encontramos no próximo post!

Postagens populares

Blogger

seguidores

MyFreeCopyright.com Registered & Protected
LENDO NAS ENTRELINHAS Copyright © - Todos os Direitos Reservados

desenvolvimento EMPORIUM DIGITAL