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Digno de Nota

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

“MARINA” (Carlos Ruiz Zafón)

Na época, não sabia que, cedo ou tarde, o oceano do tempo nos devolve as lembranças que enterramos nele. Quinze anos depois, a memória daquele dia voltou para mim. Vi aquele menino vagando entre as brumas da estação de Francia e o nome de Marina se acendeu de novo como uma ferida aberta.
Todos temos um segredo trancado a sete chaves no sótão da alma. Este é o meu.
Pág. 8
~~~*~~~
Foi sob o eco de becos, sob a sombra de catedrais góticas e cemitérios em trevas, que Barcelona se transformou em um cenário de fábulas. No final da década de 1970, Óscar Drai era um menino de 15 anos que mofava entre as paredes de um internato. O colégio com nome de santo mais parecia um castelo do que uma escola. Óscar sonhava acordado, esperando pela hora mágica… Todos os dias às cinco e vinte da tarde, a campainha tocava anunciando o final das aulas. Era nesse momento que, driblando os porteiros, ele fugia para explorar a velha cidade.

Em um desses longos passeios, Óscar se aventurou por avenidas que não havia notado antes. Entrou em uma rua sinuosa que terminava em um antigo portão de ferro. Do outro lado, havia um jardim abandonado e entre a vegetação entrevia-se um casarão esquecido pelo tempo. Um som celestial invadiu seus sentidos, a voz mais bonita que já ouvira e, sem pensar, deu o primeiro passo rumo ao interior daquele local aparentemente abandonado. Mesmo apreensivo, sua curiosidade falou mais alto…

Enfeitiçado pela voz da mulher, Óscar adentrou em uma galeria parcamente iluminada por velas. Um objeto esférico e brilhante chamou sua atenção… era um relógio de bolso. Quando o pegou para examiná-lo, o encantamento se rompeu. Uma silhueta se ergueu de uma poltrona e avançou contra ele. Em pânico, Óscar corre como louco de volta ao internato. Já em seus aposentos, ele se deu conta de que ainda segurava o antigo relógio.

Ele não era nenhum ladrão, e uma voz acusadora o convenceu a devolvê-lo a seu legítimo dono. Ao voltar àquela mansão semiabandonada, Óscar conhece Marina...sua vida jamais seria mesma novamente. Marina e Óscar se tornam amigos inseparáveis, e acabam passando muito tempo juntos.

Em uma tarde de domingo Marina leva Óscar ao cemitério de Sarriá, um dos lugares mais escondidos de Barcelona. Esse foi o cenário que ela escolheu para apresentar a Óscar um mistério intrigante. Juntos, irão se aventurar para desvendar um enigma de vida e morte e, pouco a pouco, se envolverão em um segredo obscuro inimaginável.
~~~*~~~
"Marina" de Carlos ruiz Zafón foi uma leitura que me surpreendeu. Entremeado ao interessante suspense, encerra-se um profundo drama. O autor brinca com a morte de varias formas, ele nos apresenta seu lado mais aterrador… o medo de perecer, o apego ao físico e a tentativa constante de conservar o sopro da vida, mesmo que as condições para isso sejam inacreditáveis. Mas ele também nos mostra o lado brando da morte, aquele em que o inevitável é aceito – não de bom grado – mas como algo que deve ser enfrentado com coragem.

A ambientação frreceios ao longo do livro. Porém, confesso que, hesitei frente ao segredo revelado. Eu adoro fantasia steampunk,, mas se forçar demais eu não consigo comprar a ideia. Apesar do enredo evocar “O Moderno Prometeu” e da atmosfera de terror ser extremamente envolvente, infelizmente, a coisa é tão macabra que não consegui me livrar da sensação de exagero.

Outro ponto incomodo é que Óscar e Marina, ao perambularem por Barcelona, esbarram em um mistério complexo demais para dois simples adolescentes e, suas dúvidas e questionamentos, são respondidos com muita facilidade. Quem revelaria um segredo tão obscuro e perturbador a duas crianças enxeridas? 
“Marina” foi minha estreia com Carlos Ruiz Zafón e, talvez pela imagem singela da capa, eu esperava um romance diferente. Grande parte da incapacidade de me entregar à história, é devida ao fato de que eu não esperava um enredo que mesclasse mistério, terror e drama. Por outro lado, essa surpresa me deixou desejosa por ler outros livros do autor.

Zafón, Carlos Ruiz. Marina. Suma de Letras, 2011. 189 p.

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