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Digno de Nota

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

“SANGUE DE FEITICEIRA” (Celia Rees)

Não havia ninguém para ver, por isso chorei abertamente. Como somos negligentes com a felicidade, quando achamos que ela vai durar para sempre!
p. 130
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O projeto de vida da pesquisadora Alison Ellman é desvendar a história de Mary Newbury – a jovem inglesa que fugiu da Europa no século XVII por medo da perseguição por bruxaria. Ao encontrar o diário de Mary, descobriu-se que a garota foi para a América, uma terra de oportunidades. Mas ao chegar no “novo mundo”, Mary percebeu que a intolerância a seus dons não existiam apenas em sua terra natal. Acusada de feitiçaria, ela viu-se forçada a fugir mais uma vez. Mas o que aconteceu com essa jovem após sua fuga do povoado de colonos puritanos?

Isso é o que Alison mais deseja descobrir, porém os rastros de Mary desapareceram. Sua busca não dava frutos, pois a escassez de documentos levou sua pesquisa a um beco sem saída. Mas quando estava prestes a desistir de encontrar alguma pista, um inesperado e-mail trouxe de volta suas esperanças…

Agnes Herne, uma estudante de origem indígena, parecia ter informações valiosas. Assim como sua tia Miriam, ela herdou de seus antepassados o dom da clarividência, um poder sensitivo que lhe permite o contato com o mundo dos mortos. Ao ser bombardeada por visões sobre a vida de Mary, Agnes percebe que chegou a hora de revelar sua história.

Transformada numa espécie de ponte, Agnes se torna a ligação entre passado e presente. Assim, acompanha a integração de Mary no mundo dos nativos americanos e presencia uma história de vida simples, com costumes e crenças diferentes, onde os dons considerados demoníacos pelos cristãos são respeitados pelos índios.

Nesse “encontro” com o passado remoto de seu próprio povo, Agnes aprende não só o valor das histórias que passam de geração em geração, mas também descobre que essa experiência marcou sua passagem para a maturidade.
~~~*~~~
“Sangue de Feiticeira” é o volume que encerra a duologia Filha de Feiticeira de Celia Rees. Essa sequência possui muitas diferenças do primeiro livro, algumas delas sensacionais.

Filha de Feiticeira – primeiro volume – é narrado na forma de transcrição de um diário. A autora se esmera para tentar passar ao leitor a impressão de que a história é real. Em Sangue de Feiticeira, Rees mantém a atmosfera de veracidade ao inserir supostas notas históricas, diários de personagens que apareceram no primeiro livro, etc. O único elemento que foge do que poderia ser considerado real, foi a introdução do sobrenatural.

Achei incrível a estrutura desse romance. Os capítulos são divididos entre os pontos de vista da pesquisadora Alison Ellman, de Agnes Herne e da própria Mary. De um lado, acompanhamos os esforços de Alison para continuar sua pesquisa, tentando rastrear os passos de Mary após os eventos que ocorreram no final do primeiro livros. De outro, encontramos Agnes, uma descendente de índios dotada do dom da “visão”. Essas visões são os relatos de Mary. A forma como a autora inseriu o ponto de vista de Mary é onde reside toque sobrenatural.

O livro é muito bom, mas confesso que esperava algo diferente. Imaginei que acompanharia uma verdadeira caça às bruxas em Sangue de Feiticeira, pois o final do primeiro livro dá margem a algo dessa natureza. Porém, Celia Rees decidiu tomar um rumo diferente, levando Mary a viver entre os nativos. Esse foi seu refúgio da perseguição dos puritanos, mas sua vida não foi de forma alguma pacata.

Aqui, não existe aquela magia que estamos acostumados a encontrar nos livros de fantasia. Sangue de Feiticeira explora o lado espiritual dos nativos americanos, as crenças em deuses pagãos, os rituais das tribos indígenas e a vida em comunhão entre esses povos. Vemos Mary deixar de ser uma adolescente e se tornar mulher, esposa, mãe…feiticeira. Porém, a feitiçaria aqui é a indígena, uma espécie de xamanismo.

Sangue de Feiticeira é classificado como um romance YA, porém o livro possui uma carga emocional muito grande. Não acompanhamos a história de uma jovem, mas sim de uma mulher que aprende a viver com a dor e a perda.

Este é o primeiro livro que escolhi para participar do Desafio Realmente Desafiante 2013, proposto pelo blog Silencio Que Eu To Lendo. Sangue de Feiticeira se encaixa no item 18: "Ler um livro com a capa com letras amarelas". Estou adorando o desafio. Participe você também!

Rees, Celia. Sangue de Feiticeira. Companhia das Letras, 2004. 268 p. (Filha de Feiticeira, Vol. 2)

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