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Digno de Nota

sexta-feira, 5 de abril de 2013

“O ENIGMA DA BORBOLETA” (Kate Ellison)

Sou a garota que não consegue entrar ou sair do ônibus, na escola, nem na sala de aula sem fazer o tap tap tap, banana; a garota que não levanta a mão quando sabe a resposta, porque, se o fizer, ela terá que recolocá-la em cima da mesa, levantar outra vez e repetir três vezes, ou seis, ou nove, dependendo de uma porção de outros fatores que ela não pode controlar… Sou a garota que não pode tomar banho depois da aula de Educação Física, porque ela também terá que fazer isso pelo menos três vezes e, até que termine, o dia de aula já terá terminado.
p. 56
~~~*~~~
Penélope, ou simplesmente Lo, é uma adolescente com sérios problemas. Desde criança ela possui manias e rituais incontroláveis. Coleciona objetos bonitos a seus olhos e, quando deseja algo novo, a compulsão faz com que ela furte e roube. Lo gostaria de ser normal, mas ela simplesmente é assim… obsessiva compulsiva.

Porém, desde a morte de seu irmão, Oren, as coisas ficaram piores. Seu pai mais trabalha do que fica em casa, sua mãe vive confinada no quarto dopada de antidepressivos e as manias de Lo se tornaram potencialmente perigosas.
Inconformada com o destino de Oren, Penélope vaga pelas ruas a procura de algum milagre que poderá trazê-lo de volta. Numa dessas andanças, Lo chega a Neverland, um local na cidade de Cleveland repleto de criminosos e muito perigoso. E é nesse lugar, que Penélope se depara com algo inesperado…

Uma stripper, conhecida apenas como Sapphire, é brutalmente assassinada e Penélope desenvolve um interesse fora do comum pela garota. Durante um de seus passeio por um mercado de pulga, ela encontra os objetos que foram dados como desaparecidos quando a stripper foi morta... uma estatueta de borboleta e um antigo pingente.

Como sempre ocorre quando fica obcecada por alguma coisa, Lo não consegue tirar aquele assassinato da cabeça e mergulha em uma investigação frenética para desvendar este enigma.
~~~*~~~
O Enigma da Borboleta – romance de estreia da autora Kate Ellison – possui uma história original. Vocês devem ter percebido na descrição do livro que Penélope sofre de TOC, um distúrbio psiquiátrico cuja principal característica é a presença de obsessões e compulsões.
No início, me senti atraída pela temática e achei incrível a capacidade da autora de fazer o leitor mergulhar numa mente totalmente fora dos eixos… perturbada. Porém, no decorrer da história, ler sobre os devaneios, paranóias, manias e rituais numéricos de Penélope se tornaram enervantes.

Não me entendam mal, a história é boa, mas a autora transfere toda a angústia de Penélope para o leitor. Os números exercem um papel místico na vida de Penélope – há números perfeitos e imperfeitos, bons e ruins… Além de suas ações terem que ser executadas três vezes ou em múltiplos de três para que tudo fique bem… correto a seus olhos. Então, a narrativa em primeira pessoa segue essa linha. Algumas expressões são repetidas três ou mais vezes – de acordo com o momento de Penélope. Esse tipo de narração é interessante por um tempo, mas depois se torna desconfortável. Ao final do livro eu estava aflita com tantos “tap tap tap, banana”. Só lendo para entender…

Mas há o lado bom desse desatino todo. A trama de O Enigma da Borboleta gira em torno de um assassinato, onde Penélope sente-se compelida a descobrir a verdade. Eu jamais compraria a ideia de uma adolescente investigar, sozinha, o homicídio de uma completa estranha. Seria algo inverossímil demais. Entretanto, o fato de a protagonista possuir um transtorno psiquiátrico muda totalmente o quadro. Lendo sobre Penélope, toda confusa e desarranjada, isso não parece tão absurdo assim. Suas ações são regidas pela compulsão, ela não consegue evitar seus impulsos. A morte de Sapphire torna-se apenas mais uma fixação.

A história pessoal de Penélope é densa. Além de todos os problemas com o TOC, a garota vive em um lar desestruturado. A autora introduziu um romance, mas que também não é um relacionamento normal. Agora, o enredo investigativo é leve e pouco desafiador. Também achei o desfecho previsível e um tanto forçado. Entendo que o livro é um romance juvenil, mas eu esperava um pouco mais do mistério apresentado.

O Enigma da Borboleta é um bom livro… boa dose de suspense, com uma pitada leve de thriller policial e uma protagonista marcante.

Ellison, Kate. O Enigma da Borboleta. Leya, 2013. 312 p.

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