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Digno de Nota

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

"A CAÇADA" (Andrew Fukuda)

(...) Enquanto calço as meias, ouço a voz dele. Os avisos comuns: não durma na casa de colegas; não cantarole nem assobie. Mas então ouço a regra que ele dizia só uma ou duas vezes por ano. (...) Nunca se esqueça de quem você é. Eu nunca entendi porque meu pai dizia isso.(...) É redundante. Não tem como eu esquecer quem sou. Sou lembrado a cada momento de cada dia. Cada vez que raspo as pernas ou prendo um espirro ou sufoco uma risada ou finjo desviar da luz, sou lembrado de quem eu sou.
Uma pessoa de mentira.
p. 10
~~~*~~~
Ele não é uma pessoa normal... é diferente. Não possui a força e agilidade de seus colegas, não é afetado pela luz do sol, não sente uma sede insaciável por sangue e precisa de frutas e legumes para manter-se saudável.
Ele é um eper - um dos últimos humanos do planeta. Vive a tanto tempo disfarçado no meio das pessoas normais que praticamente esqueceu seu próprio nome... Gene.

Para manter-se vivo, Gene precisa seguir todas as regras ensinadas por seu pai: nunca ria ou sorria, nunca chore ou fique com os olhos cheios d'água, não ruborize, não sue e jamais demonstre qualquer emoção, a não ser desejo por sangue e romântico. Raspar todos os pelos do corpo, aparar as unhas e eliminar qualquer odor eper faz parte de sua rotina diária. Gene não pode vacilar e jamais abandonar seu disfarce. Um pequeno deslize significaria a morte, ele seria devorado em questão de segundos.

Os epers são uma espécie em extinção, algumas pessoas jamais viram ou sentiram o sabor de seu sangue e sua carne. Mas quando o Soberano anuncia mais uma caçada eper, a chance de provar essa iguaria deixa a população em frenesi.
Como se não bastasse saber do banho de sangue que será esse evento, o impensável acontece... Gene é um dos sorteados para participar da Caçada eper. É nesse momento que seu mundo começa a desmoronar. Como manter seu disfarce agora?

Sendo forçado a conviver com os outros caçadores, Gene percebe que ser descoberto é apenas uma questão de tempo. Sua frágil existência está em risco e continuar vivo pode significar a perda de sua humanidade...
~~~*~~~
A Caçada - primeiro volume da série homônima de Andrew Fukuda - é um thriller jovem adulto com um tema batido, porém construído de forma diferente e criativa. Uma mescla de distopia e ficção de horror.
Aqui, os vampiros não são criaturas sobrenaturais, mas seres comuns que habitam o planeta. São eles que estão no topo da cadeia alimentar e governam.

Na história criada por Fukuda as "pessoas" normais são as criaturas que se alimentam de sangue, são sensíveis à luz do sol e possuem uma fisiologia diferente - sem pelos, sem expressões faciais ou emoções, etc. São vampiros, mas esta denominação não é usada no livro. Afinal, eles são as pessoas, enquanto os humanos - chamados de "epers" - são uma iguaria, um espécime em extinção.

Apesar de a história ser envolvente a ponto de não conseguirmos largar o livro, confesso que foi difícil engolir muitos detalhes da trama. Como um eper passa despercebido por anos em meio a uma sociedade de vampiros? Mesmo com os banhos, depilações, etc., não me convence os vampiros - cujos sentidos são aguçados - não detectarem a presença de um humano ao lado deles. Sem falar em Gene... porque viver assim, com um medo constante de ser devorado e prisioneiro do próprio corpo? Não seria mais simples ser um deles ou tentar fugir? Não faz sentido querer viver camuflado nessa sociedade.

Ter que passar diariamente por um ritual... corte as unhas, raspe todos os pelos, tome banho de gel antisséptico, etc. Não pisque, não espirre, não sorria, não trema, não chore, não sue...
Sinceramente, ser um eper é uma droga!

Tudo isso pra que? Para frequentar uma escola de vampiros e ter uma sobrevivência medíocre? Eu entendo o instinto de sobrevivência do ser humano, mas esse mesmo instinto me faria fugir e não correr o risco de ser descoberto e devorado até os ossos. Nenhumas das justificativas criadas pelo autor me convenceram.

Há uma garota eper que também vive camuflada entre os vampiros. Eu fiquei me perguntando... como essa menina sobreviveu durante o período de menstruação? Na história os vampiros são capazes de farejar 1 gota de sangue há quilómetros de distância. Outro exemplo: os vampiros só se alimentam de carne crua e sangue, mas comem bolo e sorvete de sobremesa... Hein?! Entenderam quando falo que há muita coisa mal explicada?

Infelizmente, há muitos furos e contradições na trama, ao ponto de incomodarem. É impossível, para mim, comprar uma ideia com tantas questões mal respondidas. O universo criado por Fukuda não possui uma boa fundamentação. Detalhes importantes são ignorados.
Apesar das falhas, a história prende do início ao fim. Parece contraditório, mas é verdade. O jeito é deixar de lado as pontas soltas e se divertir, pois A Caçada é repleto de ação e aventura

Fukuda, Andrew. A Caçada. Intrínseca, 2013. 288 p. (A Caçada, Vol. 1)


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