target="_blank">Some alt text
Leitura Recomendada
target="_blank">Some alt text
Lançamentos e Eventos
target="_blank">some alt text
Conheça o Autor
target="_blank">Some alt text
Livros Importados
target="_blank">Some alt text
Digno de Nota

segunda-feira, 2 de março de 2015

“O INQUISIDOR” (Mark Allen Smith)

(…) Aprendi que diante da experiência de certos tipos de dor, a expectativa de mais dor é quase tão poderosa quanto a própria sensação. (…)
p. 18
~~~*~~~
Seu passado é envolto em névoas e sombras. Ele morava em Nova York havia quinze anos, e sua chegada à cidade marcava o inicio da única vida da qual conseguia se lembrar. Geiger foi o nome que escolheu para si. Um homem intuitivo, cuja necessidade de autopreservação o fez perceber que possuía uma aptidão rara. Ele conseguia reconhecer uma mentira assim que era proferida, e com esse talento conquistou a confiança da máfia.

A partir daí, sua fama se espalhou e Geiger passou a ser conhecido como O Inquisidor – o homem que tinha trazido um estilo totalmente novo ao ramo, o mago que conseguiu fazer até a CIA se dobrar perante sua técnica, o mestre capaz de extrair a verdade sem derramar sangue... Seus métodos fogem ao convencional, onde por meio da tortura psicológica, sensorial e algumas vezes físicas, ele conseguia conduzir seus alvos ao ponto de ruptura.

Para ele, o ramo da OI – Obtenção de Informações – não passava de um trabalho, entretanto Geiger estabelecia algumas regras: não trabalhava com crianças, não trabalha com pessoas com problemas coronarianos e não trabalhava com pessoas com mais de 72 anos.
Assim, quando seu novo cliente lhe trouxe Ezra, um garoto de 12 anos, Geiger se viu em uma encruzilhada. Ao se negar a trabalhar com o alvo, o cliente procuraria Dalton – um homem cruel que usa métodos de extrema violência. Geiger aceita o trabalho, mas com o intuito de proteger a criança.

Ao livrar Ezra de seus sequestradores, Geiger conquista um inimigo implacável. Ele inicia uma corrida contra o tempo para manter o garoto a salvo e descobrir a informação que seus perseguidores estão desesperados para conseguir. No entanto, qualquer erro pode ser fatal e transforma-lo de protetor em vítima.
~~~*~~~
O Inquisidor – thriller de estreia de Mark Allen Smith – foi uma leitura intrigante, mas com um desenvolvimento raso. A ideia sobre alguém que domina a arte da tortura, que é conhecedor da fisiologia da dor, e métodos de persuasão, seria perfeita caso o autor tivesse se aprofundado mais no assunto. Mark Allen Smith se acanhou ao descrever as cenas de tortura, o que me decepcionou um pouco. Confesso que esperava descrições mais gráficas e que destilassem crueldade.

A princípio, achei que Geiger seria um homem inabalável, alguém cujas motivações seriam impossíveis de interpretar. Mas essa representação ilusória foi se estilhaçando ao longo do livro. Mesmo tentando transmitir ao leitor a imagem de um personagem frio e austero, em muitos momentos Geiger trocou os pés pelas mãos.

Um homem que trabalha no submundo da espionagem, que obtém informações de maneira ilícita, deveria ser mais safo. Sua falta de percepção frente aos movimentos óbvios do inimigo, as armadilhas em que caiu e sua falta de cautela, são ações de um amador e não de um profissional que é conhecido como o Inquisidor - “a nata dos torturadores”.
Os personagens secundários se mostraram mais interessantes que o protagonista, mesmo com uma participação pouco explorada. Até o gato caolho da história conquistou mais meu apreço do que Geiger, cheguei ao desfecho preocupada com o bichano. rsrs

O mistério em torno do passado de Geiger desperta curiosidade, entretanto – no final das contas - a coisa toda me pareceu um tanto sem sentido. Seu passado é tão bizarro que não transmitiu credibilidade.

Enfim, não posso negar que o ritmo do livro é acelerado e repleto de ação. E, mesmo com todos esses “poréns” a leitura consegue envolver. Apesar de O Inquisidor não ser um thriller ousado e não apresentar nada de inovador, acredito que mereça uma chance. 
LENDO NAS ENTRELINHAS Copyright © - Todos os Direitos Reservados

desenvolvimento EMPORIUM DIGITAL