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Digno de Nota

sexta-feira, 27 de junho de 2014

"O JOGO DE RIPPER" (Isabel Allende)

"Minha mãe ainda está viva, mas ele vai matá-la na Sexta-feira Santa, à meia-noite", disse Amanda Martín ao inspetor-chefe, e o policial não a contestou, porque a garota vivia dando provas de que sabia mais do que ele e tordos os seus colegas do Departamento de Homicídios."
p. 07
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Sinopse:

Ripper é um jogo inocente que envolve cinco participantes de diferentes países, reunidos via Skype, para desvendar enigmas criminais. A mestra do jogo é Amanda Martín, uma garota de São Francisco, fanática por romances macabros.

Divorciados, seus pais, Bob Martín e Indiana Jackson, não veem com bons olhos o hobby da filha, mas ela prefere passar a maior parte de seu tempo com o avô, Blake Jackson, que incentiva sua paixão pela literatura noir.

Bob é o inspetor-chefe do Departamento de Homicídios da cidade, e Indiana trabalha na Clínica Holística, atendendo os mais diversos pacientes – entre eles, um sujeito cético, mas que é secreta e perdidamente apaixonado por essa mulher adorável.

Quando o vigia de uma escola é assassinado e uma série de mortes misteriosas começa a acontecer em São Francisco, os cinco jogadores de Ripper se envolvem com os casos. Afinal, eles logo se dão conta de que os crimes parecem ter sido cometidos por um mesmo assassino.

Mas o que deveria ser apenas um entretenimento vira questão de vida ou morte quando Amanda percebe que o cerco do serial killer se fecha em torno de alguém que ela ama. Um plano perverso, premeditado até o último detalhe, está prestes a se tornar realidade.
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O Jogo de Ripper é o romance de estreia da autora Isabel Allende no gênero policial. Quem acompanha o blog sabe que sou apaixonada por thrillers policiais, e estava esperançosa de que O Jogo de Ripper fosse no mínimo um bom divertimento. Entretanto, durante a maior parte do tempo, a leitura foi um martírio.

O início do livro é lento, monótono e há um excesso de personagens cujas apresentações se arrastam por páginas a fio. Cada personagem introduzido na trama é minuciosamente descrito e sua vida esmiuçada a exaustão. A princípio pensei que conhecê-los a fundo seria interessante, mas com o transcorrer da história se tornou maçante. Confesso que fiquei impaciente. A autora pesou a mão em descrições irrelevantes ao caso policial.

O enredo é interessante, mas pouco crível. Os personagens são caricatas, pessoas que não participam da investigação policial têm livre acesso ao caso, o detetive responsável - pai de Amanda - compartilha informações confidenciais com a garota, mesmo sabendo que esses dados seriam repassados para os jogadores de Ripper. É de revirar os olhos. Não dá para levar a sério um enredo desses. E nem devemos, na verdade.

Segundo a própria autora, O Jogo de Ripper foi uma forma de debochar dos romances policiais. Porém, esse artifício não funcionou comigo. A tentativa de ironizar e desconstruir o gênero nem chegou perto de ser algo divertido.

O ponto alto do livro foi o terço final da história, onde a autora foca na investigação e apresenta aspectos interessantes que rodeiam o serial Killer, sua construção e motivação para os assassinatos.

Não vou me atrever a discutir a qualidade narrativa de Isabel Allende, já que esta é inquestionável. Entretanto, simpatizo por histórias mais dinâmicas. Não tenho nada contra obras que fazem criticas a ou que tenham um tom sarcástico, porém fui pega de surpresa. Esperava algo totalmente diferente e, talvez, isso tenha influenciado minha opinião.
Os fãs de Isabel Allende que pretendem ler O Jogo de Ripper, tenham em mente de que esse não é um livro característico da autora. É uma obra diferente, que poderá não agradar alguns leitores. Acredito que cada um deva ler e tirar suas próprias conclusões.
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