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Digno de Nota

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

“O JARDIM DE OSSOS” (Tess Gerritsen)


Suas mãos saíram de sob o lençol, os dedos cobertos de uma gosma brilhante e amarelada, e a enfermeira entregou-lhe a mesma toalha suja em que havia limpado as mãos, após o exame de vários pacientes.
~~~*~~~
Sinopse:
Boston, 1830. Para pagar seus estudos, Norris Marshall, um estudante de medicina talentoso, mas sem recursos financeiros, integra as fileiras dos “ressurreicionistas” — saqueadores de tumbas que negociam cadáveres no mercado negro. Contudo, até mesmo esse mórbido comércio parece insignificante diante do corpo mutilado de uma enfermeira encontrado no terreno do hospital universitário. Quando um médico conceituado sofre o mesmo destino, Norris descobre que seu ganha-pão ilícito o transformou no principal suspeito dos crimes.

Para provar sua inocência, o estudante precisa encontrar a única testemunha que viu o assassino: Rose Connolly, uma bela costureira dos cortiços de Boston. Ao lado do sarcástico e inteligente jovem Oliver Wendell Holmes, Norris e Rose vasculham a cidade em busca de um maníaco que aguarda a próxima oportunidade para matar. 

Massachusetts, dias atuais. Julia Hamill fez uma descoberta terrível em sua nova casa no interior: um crânio enterrado no jardim. Humano, feminino e, de acordo com a patologista Maura Isle, com traços inconfundíveis de um homicídio. Quem quer que tenha sido ou o que tenha acontecido com aquela mulher, é algo perdido no passado.
~~~*~~~
Não é novidade que sou apaixonada por romances policiais e um de meus autores favoritos é Tess Gerritsen. Sou fã de carteirinha da série Rizzoli & Isles e até o momento havia lido apenas um de seus livros independentes, Corrente Sanguínea. O Jardim de Ossos também é uma história independente e foi um livro que me deixou entretida por horas. Confesso que foi difícil de largá-lo.

O enredo possui uma estrutura que me agrada muito, ele intercala duas histórias paralelas que transcorrem em tempos diferentes. No início do livro conhecemos Julia Hamill, uma mulher de 39 anos recém-divorciada que se mudou para uma casa antiga, que precisava de restaurações, porém que possuía uma alma e história. O trabalho se mostrou penoso e, no início, Julia chegou a ter dúvidas… havia se precipitado ao comprar aquela propriedade? Mas logo seu interesse no passado daquela residência seria inflamado e mudaria sua vida.

Enquanto trabalhava no jardim, Julia se deparou com algo inesperado… uma antiga ossada feminina. De quem seria aquele esqueleto? Em que circunstancia aquela mulher faleceu e porque fora sepultada em um terreno que na época de sua morte nada havia ali? Perguntas que atormentavam Julia.
Ao saber da descoberta, um parente da antiga proprietária entra em contato com Julia para que juntos pesquisem sobre seu passado e, talvez, desvendar alguns mistérios que rondam os ossos enterrados no jardim. Assim, cartas antigas são encontradas e segredos de gelar os ossos revelados.

Através dessas cartas, o leitor é apresentado à história que transcorre em paralelo, ambientada na Boston de 1830. É nesse ponto que o livro agarra o leitor e se torna praticamente impossível parar de lê-lo.
Conhecemos então, uma jovem imigrante irlandesa, Rose Connolly, e sua sobrinha recém-nascida que é o pivô de uma série de mortes. Todos os envolvidos com o nascimento da criança se tornam alvos de um assassino brutal, que executa uma verdadeira carnificina por Boston. Rose fará de tudo para proteger a sobrinha e, nesse processo, seu destino se entrelaça com o de um estudante de medicina, Norris Marshall.
Ambos veem suas vidas serem afetadas por esse assassino e só poderão seguir em frente quando esse monstro for pego.

Tess Gerritsen escreve de forma magnífica! Em O Jardim de Ossos conhecemos um período aterrador da história da medicina. Uma época em que a ignorância e a persistência em conceitos ultrapassados podiam fazer da medicina algo danoso. Somos apresentados a um passado onde, sepulturas eram violadas e cadáveres roubados para serem objetos de estudos anatômicos. Uma época em que a medicina ainda era um campo obscuro, onde os próprios médicos não tinham conhecimento suficiente e eles próprios se tornavam os transmissores de doenças. A negligência com os pacientes, a falta de higiene e o desconhecimento sobre contaminação, choca. Gerritsen também nos mostra uma Boston decadente, onde a miséria, a fome e a imundice são fortes elementos no enredo.

Os leitores mais sensíveis ou pouco acostumados com romances policiais, podem se sentir desconfortáveis com algumas cenas. As descrições de Gerritsen são gráficas e a violência se faz presente. Além das cenas vívidas das autopsias realizadas pelos estudantes de medicina, também temos os brutais assassinatos. Então, estejam preparados para muito sangue e vísceras!
Como se tudo isso não bastasse, a narrativa de Gerritsen é um espetáculo a parte… elegante, fluida e extremamente cativante. Uma história que me seduziu do início ao fim!

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