"Chego a acreditar que a música é a única companheira, a única professora, a única progenitora, a única amiga que nunca me abandonará. Todo esforço que lhe dedico é recompensado. Ela nunca despreza o meu amor, nunca deixa de responder às minhas perguntas. Eu dou, e ela retribui. Eu bebo, e - como a fonte do conto persa - ela nunca seca. Toco, e ela me fala dos meus sentimentos, e sempre me diz a verdade."
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Anna Maria aprendeu a manejar o arco antes mesmo de conhecer as letras do alfabeto. A música fazia parte de sua essência, não sabia o que era viver sem seu violino. Aos oito anos foi levada à presença do mestre Antônio Vivaldi...tocaria para ele.-Anna Maria dal Violin - disse o padre de cabelos vermelhos - você será uma de nossas catorze iniziate, uma instrumentista aprendiz do coro.
Dal violin, que nome era esse?
Um nome ofertado às enjeitadas, uma referência a seu único companheiro. Seu instrumento.
Anna Maria Dal Violin, não é o nome pelo qual queria ser conhecida, estava decidida a descobrir de onde veio, porque fora abandonada.
Será que sua mãe era uma prostituta? Talvez uma cigana? Ou quem sabe uma nobre dama que se deixou levar pelas teias da paixão, e se perdeu nos braços de seu amante?
Sua imaginação traçava cominhos ora obscuros, ora exóticos. Mas, assim que aprendeu a dominar a pena, começou a escrever para sua mãe, uma mãe desconhecida e que vivia apenas em seus pensamentos. Até agora...
Irmã Laura sempre foi carinhosa com Anna Maria, a tratava como uma sobrinha. E naquele dia irmã Laura disse: - Escreva para sua mãe Annina. - Não me pergunte nada!
O ar lhe faltou, será que irmã Laura entregaria uma carta a sua mãe?
A partir desse momento tudo mudou. Anna Maria Dal violin faria o que fosse necessário para conhecer sua mãe. Quebraria regras, ariscaria sua segurança e sua reputação, conheceria amigos sinceros e faria inimigos cruéis. Se descobriria mulher, ardente e desejosa por um amor impossível.
Os anos lhe trariam dor e amarguras, mas também o conforto da verdade e a resignação que só a maturidade nos traz.
Ela seria uma mulher realizada, sempre ao lado de seu verdadeiro companheiro. Aquele, que nunca lhe faltaria...
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A narrativa de Barbara Quick, em forma de memórias, me transportou para uma Veneza repleta de música, arte, transgressões , e decadência. Sua escrita não é contundente, mas delicada, poética, e elegante.
O livro as Virgens de Vivaldi foi um presente que ganhei em um sorteio. Sinto não tê-lo conhecido antes, pois ele me proporcionou ternos momentos de leitura.
Ambientado na Veneza do século XVIII, a cidade carinhosamente conhecida como La sereníssima, não poderia estar mais sedutora. Uma cidade que durante metade do ano, seus habitantes e visitantes podem viver sob o anonimato. Durante o longo Carnaval toda a cidade se esconde sob máscaras, e assim, podem realizar suas fantasias secretas.
Uma história repleta de intrigas e desejos, onde o ciumes turva a luz da razão, e a mentira prevalece sobre verdade. Contada sob o olhar maduro de Anna Maria Dal Violin, ela revela os anseios e angustias de uma adolescente à procura de uma mãe desconhecida, o trabalho árduo como musicista que objetiva a perfeição, e a longa espera por um amor puro e sincero.
Anna Maria Dal Violin nos apresenta, Antônio Vivaldi. Um padre, um homem , que dedica sua vida à arte da música. É mestre e compositor na "Ospedale della Pietà", um orfano que abriga crianças rejeitadas e órfãs.
O Padre vermelho, carinhoso apelido de Vivaldi, transmite seu conhecimento e compõe para as "figlie di coro", como são chamadas as meninas do coro , tanto as cantoras como as instrumentistas. Meninas, que são consideradas possuidoras de grande talento musical.
As virgens, são adolescentes e mulheres que vivem sob regras rígidas, isoladas do convívio social, e enclausuradas na Pietà.
Uma história repleta de intrigas e desejos, onde o ciumes turva a luz da razão, e a mentira prevalece sobre verdade. Contada sob o olhar maduro de Anna Maria Dal Violin, ela revela os anseios e angustias de uma adolescente à procura de uma mãe desconhecida, o trabalho árduo como musicista que objetiva a perfeição, e a longa espera por um amor puro e sincero.
Anna Maria Dal Violin nos apresenta, Antônio Vivaldi. Um padre, um homem , que dedica sua vida à arte da música. É mestre e compositor na "Ospedale della Pietà", um orfano que abriga crianças rejeitadas e órfãs.
O Padre vermelho, carinhoso apelido de Vivaldi, transmite seu conhecimento e compõe para as "figlie di coro", como são chamadas as meninas do coro , tanto as cantoras como as instrumentistas. Meninas, que são consideradas possuidoras de grande talento musical.
As virgens, são adolescentes e mulheres que vivem sob regras rígidas, isoladas do convívio social, e enclausuradas na Pietà.
Eu gostei muito de Anna maria, ela é uma adolescente forte, decidida e apaixonada pelo violino. Uma menina que deseja conhecer seu passado e a identidade de sua mãe, e para isso, infringe todas as regras que lhe são impostas. Eu também era assim, quando cismava com alguma coisa, ninguém conseguia me fazer mudar de ideia. Era teimosa...
Vivaldi era um padre que se recusava a ministrar missas, vivia somente para a música. Era conhecido como Padre vermelho devido a sua vasta cabeleira ruiva. No livro ele é uma "figura", sempre rodeado de mistério e polêmica, sua presença alegra todas as cenas em que está presente. Quase conseguimos ouvir suas composições sendo executadas pelos dedos ágeis de Anna Maria.
Para quem aprecia, pelo menos um pouco, a música clássica, achará o livro inspirador.
Gosto muito das composições de Vivaldi, era praticamente obrigada a ouvir clássicos na minha adolescência. Meu irmão nerd encasquetou que aprenderia a tocar violino, e ficava horas ouvindo música clássica. Vai entender?! Hoje, ele não toca nem apito.
Durante a leitura eu me via ouvindo "L'Inverno, o quarto movimento dos concertos para violino "As Quatro Estações". Se você não conhece..ouça. É lindo.
Hérida,
ResponderExcluirQue bom que vc gostou.
Não faz muito meu tipo ms dá vontade de ler só de ler a sua resenha.
Beijos
Luka.
oi amiga!!!
ResponderExcluirAinda não havia me interessado por este livro..mas após ler sua resenha confesso que fiquei bastante curiosa.
Super beijo
Eu adoro música barroca. Quem sabe não dê uma chance a esse livro? Fiquei curiosa!
ResponderExcluirBjs!
Querida Hérida, excelente resenha. Se eu pudesse, dava-lhe um prêmio. Adorei! Eu passei por esse livro várias vezes e nunca, nunca me interessei. Sua resenha está primorosa.
ResponderExcluirQuero lê-lo!!!
Obrigada por compartilhar suas ideias e emoções.
Bjjs!
Oi Meninas!
ResponderExcluirDesse jeito eu fico encabulada.kkk
Obrigado pelo carinho...de coração.
Bjs
Nossa, já vi que esse é um livro que tenho que ter na minha coleção!! A história em si já me chamou muito a atenção... E depois, a sua resenha me deu certeza!
ResponderExcluirParabéns
Beijos
Camila
Adorei a frase "hoje ele não toca nem apito"....ri alto aqui no trabalho...hahahaha
ResponderExcluirFlor.....publiquei a terceira parte da entrevista! uhuuuu
E semana que vem tem promoção...uma pessoa só vai ganhar 2 livros! :)
beijos!
Parece ser muito bom o livro! Gostei, vai entrar pra lista, rs.
ResponderExcluirBeijos
Oi amiga, sou uma apaixonada pela leitura, e vc me deixou com água na boca com a descrição desse livro. Preciso compra-lo. Obrigada pela dica, pq dica de bons livros sempre é um bom presente. Bjos e lindo final de semana.
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