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Digno de Nota

sexta-feira, 12 de julho de 2013

“RESTOS MORTAIS” (Patricia Cornwell)

“(…) Ele acredita que vive num mundo injusto, e a fantasia lhe fornece uma válvula de escape importante. Em suas fantasias, ele pode expressar as emoções e controlar outros seres humanos, ele pode ser e conseguir tudo que deseja. Ele pode controlar a vida e a morte. Tem o poder de decidir se vai ferir ou matar.”
p. 270
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Mais uma vez a cidade de Richmond, Virginia, se torna palco de crimes violentos. Até aquele momento, quatro casais de jovens namorados – que a princípio foram dados como desaparecidos – tinham sido brutalmente assassinados e seus restos mortais encontrados meses depois. A Dra. Kay Scarpetta – legista-chefe do departamento de medicina legal – não consegue determinar a causa da morte devido ao avançado estado de decomposição dos corpos e a consequente perda de evidências.

Incapaz de sentar e esperar que algo aconteça, Kay e o detetive Marino saem em busca de alguma pista. Mas a pressão aumenta quando a filha de uma das mulheres mais poderosas e admiradas dos Estados Unidos desaparece junto com o namorado. A polícia não fez nenhum progresso, o FBI se recusa a dividir informações e Kay se vê num beco sem saída.
Destrinchando as evidências dos casos passados e seguindo novas pistas conseguidas por meios não oficiais, Kay e Marino se deparam com um quebra-cabeça inexplicável, onde nenhuma teoria parecia plausível.

Agora, Kay precisa confiar em seus instintos e seguir o rastro de um assassino que é tão bom em despistar a polícia quanto em matar…
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Restos Mortais – terceiro livro da série policial Scarpetta de Patricia Cornwell – foi uma leitura excelente! O caso policial nesse volume foi o melhor até momento. Uma série de assassinatos com o mesmo "modus operandi", cuja ligação entre as vítimas não é muito clara. O assassino deixa poucas pistas materiais e a investigação acaba tomando um rumo incerto. O mais interessante nesses primeiros livros da série, é que os recursos tecnológicos forenses são limitados em comparação aos de hoje. Então, as descobertas são feitas através do interrogatório de testemunhas, da análise de pistas materiais e do perfil psicológico do assassino. Eu adoro esse tipo de investigação, na base do tête-à-tête e caçando o bandido nas ruas.

Lembram quando eu disse em Post Mortem e Corpo de Delito que faltava firmeza em Kay Scarpetta e achava marino insuportável? Então, não posso dizer o mesmo nessa resenha.
A cada volume Cornwell entra um pouquinho mais na intimidade e psicológico dos personagens. Apesar de se mostrar um tanto frágil no campo amoroso, Kay está mais resolvida profissionalmente. Eu gosto de conhecer os anseios de Kay, sua frustração por não encontrar a pista perfeita que conduzirá ao criminoso e sua mania de negligenciar a vida pessoal em favor do trabalho. Gostei de ver Marino apanhando da vida e aprendendo – na marra – a ser um pouco menos “brucutu”. Eu sei que essas características não vão durar por muito tempo, pois ao longo da série Kay volta a perder o foco e a autora começa a dar mais importância à vida pessoal dos protagonistas do que ao crime, mas vou curtir essa fase boa enquanto ela durar. Como eu sei disso? Leia a resenha de Livro dos Mortos – 15° volume da série Scarpetta.

Em Restos Mortais, Cornwell muda o foco da trama. A autora sai um pouco da sala de necropsia e se aventura no campo politico. Aqui, os esforços de Kay e Marino para encontrar o assassino, acabam indo de encontro aos interesses de agências federais – FBI e CIA – e alguns obstáculos impostos dificultam a investigação. Kay submete-se às ordens de agentes federais somente na teoria, pois ela e marino sempre encontram uma desculpa para “meter o nariz” onde não são chamados.

Minha única queixa é em relação à descoberta do serial killer. A investigação instigou minha curiosidade, e caminhei em direção ao desfecho com altas expectativas. Não me entendam mal, o desfecho é bem amarrado e esclarece todos os pontos em aberto, porém a identidade do assassino não é desvendada em decorrência da investigação. Kay simplesmente topa com o homem do nada, ela desconfia de sua conduta e “Voilà”… eis o assassino. Esse tipo de resolução me incomoda um pouco.

Mesmo assim, a trama é intrigante, envolvendo o leitor da primeira a última página.

Cornwell, Patricia. Restos Mortais. Paralela, 2013. 308 p. (Scarpetta, Vol. 3)


 
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