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Digno de Nota

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

“SANGUE NO INVERNO” (Mons Kallentoft)

Está nua. Alguém rasgou sua roupa, cortou as costuras com uma navalha e agora passa uma vela acesa por seus ombros. Ela está com medo. A voz murmura:
— Isto tinha que acontecer, tinha que acontecer, tinha que acontecer.
Ela grita.
p. 409,410
~~~*~~~
Linköping, no coração da Suécia, está paralisada e as ruas da cidade jazem abandonadas. O frio intenso envolve o céu cinzento e o branco da neve domina a paisagem. Temperaturas abaixo de vinte graus negativos não é para os seres vivos.

Mas a ilusão de calma e abandono que o frio intenso traz, foi quebrada por um assassinato diabólico. Um homem fora encontrado pendurado em um carvalho, o corpo nu e sangrento movimentando-se ao sabor do vento…

A detetive Malin Fors e seu parceiro Zeke são designados para o caso. Porém, eles estão no escuro, pois nenhuma pista fora encontrada na cena do crime. A primeira teoria seria de que o assassinato teria ligações com antigos cultos pagãos –  a antiga religião dos Vikings – em que na mesma época do ano ofereciam sacrificios aos deuses.

Entretanto, ao desenrolar da investigação, Malin se convense de que há muito mais por trás dessa morte. Sua única certeza é de que o achado irá abalar a vida tranquila da cidade e trazer de volta terríveis segredos há muito escondidos…
~~~*~~~
Sangue no Inverno é o primeiro volume da série Malin Fors do autor sueco Mons Kallentoft. Literatura policial está entre os gêneros que mais me agradam. Gosto de praticamente todos os estilos, e a forma como os autores nórdicos escrevem é muito peculiar e atraente.

A princípio, a leitura de Sangue no Inverno foi um suplício. Achei o texto confuso, com uma linha de raciocínio instável e o autor divaga demais através de seus personagens. O foco da narrativa é desviado constantemente. Foi difícil manter a concentração no início do livro.
Felizmente, após a página 130 – aproximadamente – o ritmo melhora. A narração se torna mais ágil, a protagonista divaga menos e a investigação toma corpo.

A meu ver, o grande trunfo do enredo é a condução da investigação policial traçada por Kallentoft. Aqui, acompanhamos praticamente todas as fases dos procedimentos investigativos – desde análises periciais, inquirição de testemunhas, pesquisas de campo e a interação de toda equipe envolvida no caso. Essa característica é sensacional, pois seguimos todas as pistas ao lado dos detetives. Aliás, esse tipo de abordagem investigativa – seguir todas as pistas até fechar o cerco – é uma característica da ficção policial nórdica. Não há aquele aspecto hollywoodiano, cujo foco é uma caçada ao criminoso, repleto de ação e violência.

Outro detalhe interessante de Sangue no Inverno é sua estrutura. O autor alterna a narrativa entre vários personagens – até aí nada de novo –, porém ele também dá voz à vítima de assassinato. O morto participa da trama expondo seus pensamentos e sua visão na forma de espectro. Do além, talvez? rsrs
Eu sei que parece estranho, e no inicio eu achei o autor excêntrico, mas acabei me acostumando com o morto dando seus pitacos. O ponto negativo dessa abordagem é que o autor inverte os pontos de vista de modo abrupto às vezes, exigindo maior atenção do leitor.
Ah…mais um detalhe. Kallentoft descreve tão bem o clima, que o frio inclemente do inverno sueco acaba se tornando um personagem a parte. O cenário é de gelar os ossos!

A protagonista, Malin Fors, é uma figura muito verdadeira. Como o autor explora os pensamentos, as emoções, as perturbações, os vícios e a vida familiar de seus personagens – exageradamente em algumas passagens –; acabamos tendo uma visão muito intimista deles. Um aspecto que me agradou, mas também me deixou aflita em vários momentos. Não foi fácil acompanhar uma investigação complexa, e de quebra vivenciar a realidade conturbada de Malin Fors.

Sangue no Inverno não é um romance policial para qualquer leitor. Mesmo com uma investigação única, o enredo é intrincado e repleto de desdobramentos. Acredito que leitores mais experientes no gênero irão curtir bastante a leitura.

Obs: Para quem tem interesse em conhecer outros romances policiais de autores nórdicos, leiam algumas resenhas Aqui, Aqui, Aqui, Aqui e Aqui

Kallentoft, Mons. Sangue no Inverno. Benvirá, 2011. 504 p. (Malin Fors, Vol. 1)

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