Quem acompanha o blog sabe o quanto sou apaixonada por romances históricos e épicos medievais. Em 2009 conheci o talentoso autor espanhol Ildefonso Falcones através de seu primeiro livro "A Catedral do mar" e me apaixonei por sua forma de escrever desde então.
"A Catedral do Mar" é fascinante, um romance histórico ambientado em uma Barcelona medieval no séc. XIV e que retrata a construção da Catedral de Santa Maria Do mar, um templo gótico. O livro é maravilhoso e vocês não podem deixar de conhecê-lo. Ele é considerado um "Pilares da Terra" catalão.
Mas hoje estou aqui para falar da minha grande alegria ao saber que a editora Rocco está lançando mais um livro do autor aqui no Brasil. Depois do sucesso internacional com A catedral do mar, fenômeno editorial que vendeu mais de quatro milhões de exemplares em todo o mundo, o catalão Ildefonso Falcones está de volta com mais um romance histórico emocionante, com fortes elementos de aventura, paixão, amor e traição.
Inicialmente estranhei o título do livro, mas após uma simples pesquisa descobri o seu significado.
A Mão de Fátima é um talismã com a aparência da palma da mão com cinco dedos estendidos, usado por praticantes do Judaísmo e do Islã como um amuleto protetor. Também é conhecida como Hamsá, Chansá, mão de Deus, mão de miriam etc.
A Mão de Fátima é um artefato místico e é considerada uma representação da mão de Fatima bint Muhammad, filha de Muhammad (Maomé), profeta do islã, significando os cinco mandamentos fundamentais que todo muçulmano precisa cumprir, os chamados "cinco pilares do islã: jejuar no mês do Ramadã, peregrinar a Meca, orar diariamente, fazer caridade e declarar a chahada - profissão de fé que atesta a crença do muçulmano em Deus e no profeta Muhammad.
Uma outra explicação, no judaísmo, é que esta é a mão de Miriam, irmã de Moisés e Arão. Seu uso como um amuleto é muito comum pelos judeus contra o mau-olhado e outras espécies de desgraças. Fonte
É incrível a alusão ao talismã e só serviu para atiçar ainda mais a minha curiosidade. Fiquei com comichões por causa do livro e logo teremos resenha aqui no blog. Conheçam mais um pouquinho desse lançamento:
Em 1568, nos vales e montes das Alpujarras, ouve-se o grito da rebelião: fartos de injustiças, saques e humilhações, os mouriscos enfrentam os cristãos e iniciam uma luta desigual que só poderia terminar com a sua derrota e consequente dispersão por todo o reino de Castela.
Entre os sublevados encontra-se o jovem Hernando. Filho de uma mourisca e do sacerdote que a violou, é repudiado pelos seus, devido à sua origem, e pelos cristãos, por força da cultura e dos costumes da sua família. Durante a insurreição conhece a brutalidade e crueldade de uns e de outros, mas também encontra o amor na figura da corajosa Fátima dos grandes olhos negros. Depois da derrota, obrigado a viver em Córdova e face às dificuldades da vida quotidiana, todas as suas forças se concentrarão em conseguir que a sua cultura e religião, as dos vencidos, recuperem a dignidade e o papel que merecem. Mas para isso deverá correr riscos e empreender audaciosas e perigosas iniciativas.
Entre os sublevados encontra-se o jovem Hernando. Filho de uma mourisca e do sacerdote que a violou, é repudiado pelos seus, devido à sua origem, e pelos cristãos, por força da cultura e dos costumes da sua família. Durante a insurreição conhece a brutalidade e crueldade de uns e de outros, mas também encontra o amor na figura da corajosa Fátima dos grandes olhos negros. Depois da derrota, obrigado a viver em Córdova e face às dificuldades da vida quotidiana, todas as suas forças se concentrarão em conseguir que a sua cultura e religião, as dos vencidos, recuperem a dignidade e o papel que merecem. Mas para isso deverá correr riscos e empreender audaciosas e perigosas iniciativas.
Enquanto Barcelona teve um papel preponderante no romance anterior do autor, A catedral do mar, em A mão de Fátima há dois importantes cenários: as montanhas escarpadas de Alpujarra, e Córdoba, a cidade do Califa, com sua mesquita, antigo bairro árabe, suas ruas e seu povo, ambas no sul da Espanha. E se a igreja se tornou um símbolo do aclamado bestseller de Falcones, dessa vez a mesquita e a luta do povo por liberdade servirão de contraponto para a jornada pessoal do protagonista.
Sou suspeita para opinar, mas eu adorei o mote do livro. E você, o que achou?