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Digno de Nota

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

“O HEREGE” (Bernard Cornwell)

(…) A busca pelo Graal, excelência, leva os homens a loucura. Ela os ofusca, ela os confunde, e deixa-os choramingando. É uma coisa perigosa, excelência, que é melhor deixar por contas dos trovadores. Que eles cantem sobre ele e façam poemas a seu respeito, mas pelo amor de Deus não arrisque a sua alma indo à procura dele.
p. 152
~~~*~~~
Seu nome era Thomas. Às vezes, Thomas de Hookton. Outras vezes Thomas, O Bastardo. Ele acabara de aportar em Calais, quando descobriu que o exército inglês estava sendo atacado pelos franceses. Aquela luta não era dele, mesmo assim tirou o arco das costas e acordoou-o. Thomas tinha apenas 23 anos, mas era um matador.

Após participar do cerco de Calais, Thomas é enviado pelo seu senhor até o interior da França. Pela primeira vez ele lideraria um grupo de arqueiros. Suas ordens eram tomar uma fortificação na Gasconha, próximo da Astarac de seus antepassados, e assim atrair a atenção de seu primo Guy Vexille – que também segue em busca do cálice sagrado. Mas seu real intento, é encontrar pistas que o leve ao Graal.

Ao seu lado está Sir Guillaume – que busca acumular fortuna como mercenário e recuperar suas terras –, e Robbie Douglas – um refém escocês que se tornou amigo de Thomas. Os ingleses provocam medo e apreensão por onde passam, pois deixam um rastro de destruição. Para conseguir provisões e despojos, os homens de Thomas saqueiam e incendeiam aldeias inteiras.
Chegando ao condado de Berat, Thomas decide conquistar Castillon d’Arbizon e fazer do castelo sua base. Nos calabouços da fortificação ele encontra Genevieve, uma jovem condenada à fogueira por heresia. Mas Thomas, se compadece pela moça. Assim como ele, Genevieve fora torturada por um dominicano, e Thomas sabe que a dor infligida por eles é capaz de arrancar qualquer confissão. Ele decide salvá-la da fogueira.

E então começaram os problemas…

Ao salvar a jovem, Thomas desafia as ordens da Igreja e acaba disseminando a discórdia entre seus guerreiros. Perdendo totalmente o controle sob seus homens quando, por fim, é banido da cristandade. Agora, tornou-se também um herege aos olhos de Deus.
Juntos, Thomas e Genevieve fogem. Ele vê que o sucesso da missão mais importante de sua vida está ameaçado. A maior relíquia da cristandade está sendo procurada por homens inescrupulosos que desejam o poder, e Thomas mal consegue mante-se vivo

No meio dessa corrida pelo Graal, Thomas redescobre que a traição pode vir de onde menos se espera, que o amor pode nascer em meio à guerra e que morrer entre amigos não é algo ruim…
~~~*~~~
O Herege – terceiro volume da trilogia "A Busca do Graal" de Bernard Cornwell – conclui a empreitada do arqueiro Thomas de Hookton… encontrar a maior relíquia da cristandade, o Graal. Sua tarefa – que teve início em "O Arqueiro" e continuou em "O Andarilho" tornou-se um fardo. Depois de muitos percalços em sua jornada, finalmente, Thomas se vê livre das responsabilidades que lhe foram impostas. Diferente do que estão divulgando por aí – com o lançamento de 1356 – a trilogia termina aqui, em O Herege. Vou falar mais sobre esse assunto na resenha que farei em breve desse novo lançamento de Cornwell.

O Herege já começa com uma emocionante batalha, o cerco de Calais em 1347. Não é à toa que Bernard Cornwell é considerado um dos maiores autores de ficção histórica. Especialista em história militar, o autor situa o enredo da trilogia “A Busca do Graal” durante a guerra dos 100 anos, e explora a lenda de que os hereges cátaros possuíram tal relíquia. Além de descrever batalhas travadas no corpo a corpo, com lanças, espadas e escudos; Cornwell faz do Arco longo o grande trunfo dos ingleses, a arma que tornou o exército inglês o mais importante e temido da Europa. Poder ouvir o “zunir” das flechas dos arqueiros através das descrições de Cornwell é de arrepiar.

Nesse volume encontramos um Thomas mais endurecido pelas inúmeras perdas que sofreu ao longo de sua busca, porém o amadurecimento não o deixou mais cauteloso. Thomas continua seguindo as ordens de seu coração, e não de sua consciência. Por isso, mais uma vez, nosso querido arqueiro arruma problemas. Quem acompanha a série sabe que Thomas não resiste a um “rabo de saia”. Metade de seus problemas é causado por uma mulher, o resto fica por conta de sua teimosia e honra. Afinal, ele não pode voltar atrás com sua palavra e deve cumprir seu desígnio até fim… nem que isso o mate.

Pouco a pouco a busca do Graal toma contornos mais definidos. Além de seu inimigo declarado – Guy Vexille – outras pessoas entram na disputa pela relíquia e a busca se torna mais acirrada. Além de ter que superar os obstáculos que qualquer expedição militar impõe, Thomas enfrentará a dissensão entre seus homens. Genevieve, a herege que Thomas salva da fogueira, será o motivo do conflito. Claro, que toda discórdia terá origem no ciúme e na cegueira religiosa da época. Mas os detalhes dessa história vocês só vão descobrir lendo o livro.

Como se não bastasse o risco de morrer sob o fio de uma espada, Thomas e sua guarnição assistem, impotentes, a chegada da peste. Como todos sabem, Cornwell não poupa detalhes em suas descrições de batalhas – é sangue, excrementos e imundice pra todo lado. E, não poderia ser diferente em relação à peste. A Peste Negra matou pelo menos um terço da população europeia.

O desfecho do livro pode parecer um pouco previsível para alguns leitores. Eu já imaginava que o final seria algo parecido com o que Cornwell apresentou, mas isso não me desanimou. Para mim, não poderia ter sido diferente.
O Herege foi o título escolhido na última enquete do Escolha do Leitor. Só posso agradecer aos leitores que votaram, por me darem a oportunidade e o ânimo de terminar a trilogia.

Cornwell, Bernard. O Herege. Record, 2009. 392 p. (série A Busca do Graal, Vol. 3)

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