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Digno de Nota

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

A MÚSICA DO SILÊNCIO” (Patrick Rothfuss)

“E então… Auri sorriu. Não por ela. Não. Nunca por ela. Ela devia permanecer pequena e guardada, bem escondida do mundo. (…) Rodopiou três vezes. Farejou o ar. Sorriu. À sua volta, por toda parte, tudo estava perfeitamente correto. Ela sabia exatamente onde estava. Estava exatamente onde devia estar.”
p. 125
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Sinopse:

Considerada a meca do conhecimento, a Universidade atrai as mentes mais brilhantes que buscam desmistificar os mistérios das ciências iluminadas, como feitiçaria e alquimia. Porém, bem abaixo de seus lotados corredores existe um complexo de quartos abandonados e passagens antigas. 
No coração desse labirinto cavernoso encontra-se uma jovem mulher chamara Auri, que chama este local de lar.

Ex-estudante da Universidade, Auri agora gasta seu tempo cuidando do mundo ao seu redor. Ela sabe que alguns mistérios devem permanecer selados. Agora que não se deixa enganar pela racionalidade cega que àqueles que vivem acima dela confiam, Auri vê além da superficialidade das coisas e enxerga os perigos sutis e os nomes escondidos das coisas.
~~~*~~~
A Música do Silêncio é um spin-off da série Crônicas do Matador do Rei de Patrick Rothfuss. Um conto que apresenta ao leitor o íntimo de Auri, uma personagem repleta de segredos e mistérios que vive nos Subterrâneos da Universidade. Desde que encontrei Auri na história de Rothfuss, fui tomada por curiosidade e simpatia. Entrar no cotidiano dessa jovem estranha, solitária e um tanto inquieta, foi uma experiência incomum… que fica além do habitual.

Dizer que Patrick Rothfuss é um “trovador” moderno é chover no molhado. Comentei nas resenhas de O Nome do Vento e O temor do Sábio sobre sua capacidade de transformar simples palavras em canções e poesia. Aqui, não é diferente. O autor compõe uma história onde existe música oculta em suas linhas. Quem leu seus livros entenderá o que digo.

Entretanto, essa não é uma história para qualquer leitor. Para os impacientes, os que não gostam de histórias descritivas e que flerta com o lirismo, talvez o texto não seja do agrado. O próprio autor nos avisa da estranheza de sua história… 
“Talvez você não queira comprar este livro. Eu sei, não se espera que um autor diga esse tipo de coisa. Mas prefiro ser honesto com você logo de saída. Acho justo avisar que esta é uma história um pouquinho estranha. Não gosto muito de dar spoilers, mas basta dizer que esta aqui é... diferente.” (Patrick Rothfuss)

Particularmente, acho a história mais que “diferente”. Para mim, ela é excêntrica e viva. Todos os elementos são “pintados” como algo animado… com energia própria. O Subterrâneo, por exemplo, é descrito como se fosse um personagem. Rothfuss dá vida aos subterrâneos! Os cômodos, objetos, a luz ou escuridão são tratados por Auri como coisas vivas; com vontades próprias, emoções, estado de espírito e nomes. O lugar pulsa!
Já Auri, é uma garota estranha e enigmática, que vive solitária e confinada no seu mundo de sonhos e anseios. Perfeccionista à sua própria maneira, onde tudo deve estar em seu devido lugar e as coisas devem ser feitas do “jeito certo”. Quem ler o conto entenderá essa característica de Auri, que para mim tem um “que” de obsessão, um comportamento repleto de rituais. Talvez por viver sozinha e enxergar o mundo através de uma lente própria… meio distorcida. Ou, na verdade, ela simplesmente consiga ver o mundo como ele é de fato.

Ao ler A Música do Silêncio percebi que o título é perfeito. O dia a dia de Auri, sua rotina solitária é silenciosa, porém repleta de sons. O som de seus pensamentos, de seus desejos e medos… a música do mundo que a rodeia.

O autor está certo ao afirmar que nem todos gostarão desse livro. É preciso enxergar além das palavras para apreciá-lo. É preciso senti-lo.

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